A regeneração e os objetivos da Sociedade Teosófica
A humanidade precisa agora transcender a mente analítica e
fragmentada, sempre dissecando, comparando, avaliando, e atingir um outro tipo
de percepção para a qual podemos usar a palavra intuição, embora ela, com
demasiada freqüência, seja usada em um sentido errôneo. A palavra Buddhi é
melhor, pois significa despertar ( da falsa realidade na qual a mente está
presa).
Que maravilhosa atividade pioneira reside em tentar criar um
“núcleo de Fraternidade Universal”!...um núcleo é algo vivo, ele crescerá. Apenas um único propósito: elevar a
humanidade do ponto de vista moral e espiritual. Porém a regeneração moral e
espiritual será a força mais atuante até mesmo para produzir o progresso
material.
Os objetivos da S.T. não podem deixar de estar relacionados
entre si, pois todos estão vinculados a questão do progresso humano e da
perfeição, da regeneração.Será provavelmente necessário que os membros da S.T.
em todo o mundo se questionem a respeito do que esses objetivos significam em
termos de regeneração, a elevação da mente humana ou como se queira denominar o
processo.
Fraternidade universal, a consecução de uma mente na qual
não há qualquer preconceito, nenhuma barreira contra o quer que seja, é
regeneração. Ela tem uma qualidade Religiosa. A compreensão da indivisibilidade
da existência é a meta da verdadeira religião. Assim, a experiência da unidade
é uma experiência religiosa, uma nova forma de percepção, uma nova qualidade da
mente.
Isso é uma maravilha porque estamos em meio a uma incrível
diversidade, e o processo evolutivo implica em desigualdade. Cada ser está no
seu próprio nível na escala evolutiva e tudo é diferente de tudo o mais. Mas o
Ser Uno, A Essência Una, é subjacente a tudo. É um paradoxo: uma essência, uma
vida, uma consciência em meio a uma incrível diversidade que revela uma suprema
energia criadora. Existe uma essencial igualdade em todas as existências
individuais manifestadas, pois todas fazem parte de uma única vida sagrada.
Há uma qualidade mística na compreensão da fraternidade;
esta não é uma experiência comum. Esse objetivo implica uma profunda revolução
psicológica. O estudo comparado das ciências, filosofia e religião... os três
campos do conhecimento representam caminhos que conduzem a verdade, e são
válidos enquanto nos conduzem para um ponto comum. Precisamos despertar para um
outro nível de realidade. E até mesmo então não será realidade a partir de um
ponto de vista mais profundo, devendo haver despertares progressivos. Assim,
toda realidade abre caminho para uma realidade superior. Precisamos continuar a
negar as realidades menores da vida através do uso de Viveka.
Os cientistas começaram pelo estudo da natureza da matéria,
mas foram avançando cada vez mais, até que alguns dos mais exponenciais estudiosos
chegaram à percepção de uma realidade imaterial. Desta forma os cientistas
estão passando do estudo da manifestação material para o de uma realidade além
e maior.
A religião é a busca por essa existência eterna. Ela
representa a libertação da existência finita e a fusão com o infinito. Não
podemos discutir religião aqui pois constitui um tema demasiado amplo, mas, em
sua base, está a percepção de que o finito não pode compreender o infinito.
Portanto, o finito, que eu chamo de minha mente ou meu eu, terá que romper o
seu invólucro para poder conhecer a verdade que no âmbito religioso é entendida
como Sagrada.
A filosofia procura compreender a natureza e a relação de
todas as coisas, brevemente resumida como Deus, o homem ou o universo. O importante é compreender é que a verdade
nos liberta da insensatez das ações baseadas em falsas concepções da realidade,
como no exemplo de ver uma corda como uma cobra. O sentido disso é a remoção da ignorância e a
elevação da mente para além das irrealidades em que vive. E isso também está
destinado a produzir a regeneração.
A investigação das leis ocultas da natureza e dos poderes
latentes do homem constituem o poder para acelerar o progresso. Esse objetivo
implica estudo não apenas da natureza em sua manifestação exterior, mas da
correlação de tudo, porque toda lei é uma expressão de inter-relações. Essas
inter-relações são sutis e muitos pensam que nem mesmo existem. Porém a
compreensão de nós mesmos está vinculada à compreensão das leis e das forças
que operam por trás de tudo. Existem muitas dessas forças e muitas formas de
inteligência operantes em toda parte. Qual é o nosso lugar em tudo isso?
Parece-me que para tornar eficaz o trabalho da S.T.
precisamos ver a conexão entre os três princípios e a relação dos mesmos com o
desenvolvimento da consciência humana e com a elevação da humanidade. [Seminário realizado na Holanda em junho de 1990]
Texto selecionado pelo irmão Marcelo Curvelo para estudo em Loja realizado em 27.08.13.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
Texto selecionado pelo irmão Marcelo Curvelo para estudo em Loja realizado em 27.08.13.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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