Todo aquele que aspira e emprega todas as forças para perceber o Eu atinge a iluminação ainda nesta vida. Essa consciência divina jamais o abandona e assim ele trabalha incessantemente para o bem de todos.
Quando a luz da sabedoria se acende dentro dele, o seu semblante resplandece, quer a vida lhe traga felicidade ou infortúnio. Mesmo em sono profundo, ele é consciente do Eu, porque a sua mente está liberta de todo condicionamento. Interiormente ele é puro como o céu sem nuvens; entretanto age também como se fosse um de nós.
Livre da obstinação, ele se desvencilhou do intelecto. Ele é consciente do Eu, mesmo com as mãos ocupadas. Sem medo do mundo e sem provocar medo no mundo, ele se liberta da cobiça, da raiva e do medo. Quando a onda da obstinação recua para o mar da paz que é o Eu, a mente se aquieta, o coração se purifica, e ele atinge a iluminação ainda nesta vida. Quando se atinge esse estado superior, Não há ascensão nem queda, não há mudança nem morte. As palavras não conseguem descrever esse estado superior, pois ele é mais pleno do que a própria plenitude.
Tradução livre do Yoga Vasistha 3:23-30, utilizada no estudo sobre o Fragmento I de "A Voz do Silêncio", de H.P.B., realizado na Loja Jinarajadasa em 17 de dezembro de 2008.
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