terça-feira, 18 de agosto de 2009

AS ESTÂNCIAS DE DZYAN: Estância I

A NOITE DO UNIVERSO

1. O pai eterno, envolto nas suas roupagens, sempre invisíveis, repousou mais uma vez durante sete eternidades.
Pai eterno: o espaço mãe.
Roupagens sempre invisíveis: a matéria-raiz.
Sete eternidades: 311.040.000.000.000 anos.
2. Não existia o tempo, que dormia no seio infinito da duração.
Seio infinito da duração: onde as duas eternidades do passado e do futuro fundem-se numa só, o eterno presente.
3. Não existia a mente universal, porque não existiam seres celestiais para contê-la.
Para conter: e portanto, para manifestar-se.
4. Não existiam os sete caminhos para a bem-aventurança. Não existiam as grandes causas da miséria, porque não existia ninguém para produzi-las e ser por elas iludido.
Sete caminhos: entrar na corrente, voltar uma única vez, não voltar, Arhat, seguidos pelos três estágios superiores do Arhatado, dos quais o último é chamado " o Arhat da névoa de fogo". Ver o verso 46.
As grandes causas da miséria: que são doze: ignorância, atividades formadoras, consciência, nome e forma, as seis regiões dos sentidos, contato, sensação, sede, apego, existência, nascimento, velhice e morte.
5. Somente as trevas enchiam todo o espaço ilimitado, porque pai, mãe e filho eram novamente um só, e o filho ainda não despertara para a nova roda e sua peregrinação sobre ela.
Pãe, mãe, filho: espírito, substância, cosmo, tempo, espaço, movimento, mônada, ego, pessoa.
Roda: globo, cadeia planetária, sistema solar, cosmo.
6. Os sete senhores sublimes e as sete verdades tinham deixado de ser, e o Universo, o filho da necessidade, estava imerso na bem-aventurança suprema, para ser despertado por aquilo que é e, no entanto, não é. Nada existia.
Sete senhores sublimes: os sete espíritos criadores, os logos planetários.
Sete verdades: somente quatro foram reveladas até agora, uma para cada ronda.
Necessidade: lei da causalidade.
Bem-aventurança suprema: perfeição absoluta.
7. As causas da existência tinham sido extintas; o visível que existia, e o invisível que existe, descansavam no eterno não-ser - O Uno que é.
Causas da existência: idênticas às causas da miséria do verso 4.
8. Só, a única forma de existência estendia-se ilimitada, infinita, imotivada, num sono sem sonhos; e a vida pulsava inconsciente no espaço universal, através daquela onipresença sentida pelo olho aberto da alma purificada.
Uma forma de existência: base e fonte de todas as coisas.
Sono sem sonhos: existências sem formas, sem imagens.
Olho aberto: a visão espiritual interna do vidente.
Alma purificada: Adepto de nível superior.
9. Mas onde estava a alma purificada quando a alma-reserva do Universo vivia na realidade absoluta, e a grande roda era órfã.
Alma-reserva: superalma universal, alma-grupo cósmica.

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