sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

BARDO THODOL: Segundo Bardo


Recorda:
Agora vais experimentar três Bardos. Três estados de perda do eu.
Primeiro aparece a Clara Luz da realidade.
Vêm em fogo os jogos de alucinações fantasticamente variados.
Mais adiante encontrarás o estado de reentrada. De voltar a ter um eu.
Oh, amigo.
Pode ser que tua experiência seja de transcendência do eu, a saída de teu antigo eu.
Mas tu não és o único. A todos chega alguma vez.
És afortunado ao ter gratuitamente esta experiência de renascimento que se te oferece.
Não te apegues com essa debilidade a teu velho Eu.
Inclusive se te apegas a tua mente, já perdeste o poder de a manter.
Pela luta não poderás conseguir nada neste mundo alucinatório.
Não te apegues. Não sejas débil.
Qualquer que seja o medo ou terror que te embargue
Não olvides estas palavras.
Introduz o seu significado no teu coração.
Segue em frente.
Aqui mesmo está o segredo vital do conhecimento.

Recorda, oh amigo:
Quando o corpo e a mente se separam,
Experimentas uma rápida visão da verdade pura, sutil, radiante, brilhante, vibrante, gloriosa.
Não temas.
Esta é a radiação de tua verdadeira natureza. Reconhece-a.
Da névoa desta radiação vem o som natural da realidade.
Reverberando como mil trovões em simultâneo.
Este é o som natural do processo de tua vida.
Portanto não te assustes. Não te aterrorizes. Não tenhas medo.
Para ti é suficiente saber que estas aparições são as formas de teu próprio pensamento.
Se não reconheces tuas próprias formas de pensamento,
Se olvidas tua preparação, as luzes te deslumbrarão,
Os sons te atemorizarão, os raios te aterrorizarão
As pessoas ao teu redor te confundirão
Recorda a chave dos ensinamentos
Oh, amigo.
Estes reinos não vêm de algum lugar exterior a teu ego.
Vêm de teu interior e brilham sobre ti.
Tampouco as revelações vêm de nenhum outro lugar.
Existem desde a eternidade dentro das faculdades de teu próprio intelecto.
Reconhece que são desta natureza.
A chave da iluminação e da serenidade durante o período de dez mil visões é simplesmente esse:
Descanso, relaxamento. Une-te a ele.
Aceita encarecidamente as maravilhas de tua criatividade.
Não te apegues nem estejas assustado. Nem atraído nem repelido.
Sobre tudo, não faças nada sobre as visões.
Existem somente dentro de ti.

Estudo realizado na Loja Jinarajadasa em 9 de fevereiro de 2009 sob a coordenação de Eliane Zaranza.


"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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