terça-feira, 16 de agosto de 2011

Nossas ideias a respeito do mal

“O mal não tem existência per se e é apenas a ausência do bem; e existe apenas para aquele que é transformado em vítima sua. Ele surge de duas causas e, tanto quanto o bem, não é uma causa independente na natureza. A natureza é destituída de bondade ou maldade; ela segue apenas leis imutáveis quando dá vida e alegria ou manda sofrimento e morte, destruindo o que havia criado. A natureza tem um antídoto para cada veneno, e suas leis possuem uma recompensa para cada sofrimento. A borboleta devorada pelo pássaro se torna aquele pássaro, e o pequeno pássaro morto por um animal alcança uma forma mais elevada. Essa é a lei cega da necessidade e da eterna adequação das coisas,e portanto não pode ser considerada um Mal na Natureza. O verdadeiro mal surge da inteligência humana e sua origem está inteiramente no homem que raciocina e que se dissocia da Natureza. Só a humanidade, portanto, é a verdadeira fonte do mal. O mal é o exagero do bem, produto do egoísmo e da ganância humanos.”

“Pense profundamente e descobrirá que com a exceção da morte – que não é um mal mas uma lei necessária – e de acidentes, que sempre terão suas recompensas em uma vida futura – a origem de cada mal, seja pequeno ou grande, está na ação humana, no homem, cuja inteligência faz dele o único agente livre da natureza. Não é a natureza que cria doenças, mas o homem. A missão e o destino dele na economia da natureza é ter uma morte natural provocada pela velhice; salvo acidentes, nem um homem selvagem nem um animal selvagem (livre) morrem devido a doenças. Comida, relações sexuais, bebida, são todas necessidades naturais da vida; no entanto, o excesso delas traz doenças, miséria, sofrimento mental e físico; e estes últimos são transmitidos como os maiores males para as gerações futuras, os descendentes dos culpados.”

“A ambição e o desejo de assegurar felicidade e conforto para aqueles que amamos através da obtenção de honras e riquezas são sentimentos naturais dignos de elogios, mas quando eles transformam o homem em um tirano cruel e ambicioso, um miserável, um egoísta, trazem miséria indescritível para os que estão ao redor dele; e para nações tanto quanto para indivíduos. Tudo isso então – comida, riqueza, ambição,e outras mil coisas que deixamos de mencionar – se torna fonte e causa do mal, seja por causa da sua abundância, seja devido à ausência. Torne-se um glutão, um devasso, um tirano, e você se transforma em um gerador de doenças, de sofrimento e miséria humanos.” Mestre Koot Humi

Extraido de Cartas dos Mahatmas para A.P. Sinnett, Vol. II, pp. 60-61, Ed. Teosófica, texto selecionado pelo irmão Roberto C. de Paula para estudo em Loja realizado em 16 de agosto de 2011.

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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