quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A natureza animal e o sofrimento

Por Annie Besant

"Quando reconhecemos a unidade de todas as coisas vivas, nesse momento surge a pergunta: como podemos manter nossa vida com o menor dano possível às vidas ao nosso redor; como podemos prevenir que nossa própria vida adicione sofrimento ao mundo em que vivemos?

Encontramos entre os animais, como entre os homens, a capacidade de sentir prazer e a capacidade de sentir dor; os vemos mover-se por amor e ódio; os vemos sentindo terror e atração; reconhecemos neles capacidade de sensações muito similares às nossas, e apesar de os superarmos imensamente em intelecto, em meras características passionais, nossa natureza e a dos animais estão muito ligadas.

Sabemos que quando eles sentem terror, esse terror significa sofrimento. Sabemos que quando são feridos, isso significa dor para eles. Sabemos que as ameaças lhes causam sofrimento; eles se encolhem, sentem medo, sentem a ausência de relações amistosas e de imediato começamos a ver que em nossas relações com o reino animal surge um dever que todas as mentes pensantes e compassivas deveriam reconhecer - o dever de que como somos mais fortes em mente que os animais, devemos ou deveríamos ser seus guardiões ou ajudar-lhes, e não seus tiranos e opressores, e não temos o direito de causar-lhes sofrimento e terror só para a gratificação do paladar, só por um luxo a mais em nossa vida." [Annie Besant em discurso dado em Manchester, Reino Unido, em 18 de outubro de 1897]

Texto selecionado para estudo em Loja realizado em 20 de dezembro de 2011.

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

Nenhum comentário: