Como a filosofia hermética não reconhece nem casta nem cor
ou credo, nenhum amigo da sabedoria esotérica pode ter objeção alguma ao nome, algo
que poderia sentir se a Sociedade a que ele pertence fosse divulgada com a
denominação específica de uma determinada religião. A filosofia hermética é adequada para todos
os credos e todas as filosofias e não se choca com nenhum deles. Ela é o oceano ilimitado da Verdade, o ponto
central de onde fluem e onde se encontram todos os rios e todas as correntes,
quer seja sua fonte do leste, do oeste, do norte ou do sul. Assim como o curso do rio depende da natureza
da sua bacia, o canal da comunicação do conhecimento deve se adequar às
circunstâncias que o rodeiam. [...]
As verdadeiras doutrinas esotéricas são idênticas em
substância, embora se diferenciem nas palavras; todas buscam o mesmo grande objetivo,
mas não há duas delas que concordem, aparentemente,nos detalhes de
procedimento. [...]
A VERDADE não tem rótulos e não é prejudicada pelo nome sob
o qual é promulgada – se o objetivo em questão for alcançado. [...]
Para um estudo adequado e uma compreensão correta da nossa
filosofia, e para benefício daqueles cuja inclinação os leva a buscar
conhecimentos esotéricos na fonte do Budismo doNorte,epara que este ensinamento
não seja nem virtualmente imposto ou oferecido àqueles teosofistas que podem
ter pontos de vista diferentes dos nossos,parece necessário que um grupo
exclusivo,composto daqueles membros da escola a que nós, da Fraternidade
Tibetana, pertencemos, seja formado sob a direção do Sr. Sinnett e dentro da “Loja
de Londres da S.T.” Este é, de fato, o
desejo do Maha-Chohan. Nossa experiência do ano que passou mostra amplamente o
perigo de submeter de modo tão descuidado nossas doutrinas sagradas ao mundo
despreparado. Nós esperamos, portanto, e estamos decididos a exigir, se
necessário, mais cautela que nunca dos nossos seguidores, na exposição dos
nossos ensinamentos secretos.
[...] É um fato universalmente aceito que o sucesso
maravilhoso da Sociedade Teosófica na Índia se deve inteiramente ao princípio
recíproco de tolerância sábia e respeitosa das opiniões e crenças de uns e de
outros. Nem mesmo o presidente-fundador
tem direito, nem direta nem indiretamente, de interferir na liberdade de
pensamento do membro mais humilde, e muito menos de tentar influenciar a sua
opinião pessoal. É somente na ausência desta generosa consideração,que até a
mais pálida sombra de diferença arma os buscadores da mesma verdade –em outros
aspectos dedicados e sinceros – com o chicote do ódio contra os seus irmãos
igualmente sinceros e dedicados.. Vítimas iludidas da verdade distorcida, eles esquecem,ou
nunca souberam,que a discórdia é a harmonia do universo. [...]
“Todo teosofista ocidental deveria saber e lembrar –
especialmente aqueles que quiserem ser nossos seguidores – que em nossa
Fraternidade todas as personalidades submergem em uma idéia – o direito
abstrato e a justiça prática absoluta para todos. E que, embora nós não
digamos, com os cristãos, ‘retribua com o bem a quem lhe faz o mal’, nós
repetimos as palavras de Confúcio, ‘retribua com o bem a quem lhe faz o bem; a
quem faz o mal – JUSTIÇA’.”
As lojas, e frequentemente membros da
mesma loja – em alguns casos,cristãos – , estudam cada uma a filosofia
esotérica à sua própria maneira, e no entanto sempre unindo fraternalmente seus
esforços pelos objetivos comuns da Sociedade.
Texto selecionado pelo irmão Roberto
C. Paula para estudo em Loja realizado em 22.01.13
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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