[...] Para compreender esse processo deve haver a intenção de conhecer o que é, de seguir cada pensamento, cada sentimento,cada ação. É dificílimo compreender o que é, porquanto o que é nunca está em repouso, nunca é estático, está sempre em movimento. O que é é o que você é, e não o que desejaria ser. Não é o ideal, porque o ideal é fictício. É aquilo que você faz, que pensa e sente, momento por momento. O que é é o fato real, e a compreensão do fato real requer vigilância, requer uma mente muito atenta e veloz. [...]
Quando seguimos um método, necessitamos de autoridades - instrutor, guru, salvador, Mestre- que nos garantam o que desejamos, e esse, por certo, não é o caminho do autoconhecimento. A autoridade impede a compreensão de nós mesmos, não é verdade? Sob a égide de uma autoridade, de um guia, podemos ter por algum tempo um sentimento de segurança, um sentimento de bem-estar, que não é a compreensão do processo total de nós mesmos. A autoridade, por sua própria natureza, impede o pleno conhecimento de nós mesmos; por conseguinte, acaba destruindo a liberdade; e só na liberdade pode haver criação. Só pode haver criação pelo autoconhecimento.
KRISHNAMURTI, J. Autoconhecimento, Revista Theosophia, 2013. Texto selecionado pelo irmão Ricardo Moreira para estudo em Loja em 15.07.14
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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