[...] Para transformarmos o mundo, precisamos começar por nós mesmos; e o que é relevante no começar por nós mesmos é a intenção. A intenção deve ser a de compreendermos a nós mesmos e não de esperarmos que outros se transformem ou realizem uma alteração superficial pela revolução da esquerda ou da direita. Importa compreendermos que essa obrigação é nossa, sua e minha. Porque, por mais insignificante que seja a vida que vivemos, se pudermos nos transformar, introduzir na existência diária um ponto de vista radicalmente diferente, então, talvez, venhamos a influir no mundo como um todo, porque ele é fruto de nossas relações com os outros, em escala ampliada.
Vamos descobrir o processo de compreensão de nós mesmos, que não é um processo isolado. Ele não implica em retirar-se para longe do mundo, porquanto não se pode viver no isolamento. ‟Ser″ é estar em relação, e não existe tal coisa como viver no isolamento. É esta falta de relações corretas que gera conflitos, angústias e lutas. Por menor que seja nosso mundo, se pudermos transformar nossas relações dentro desse pequeno mundo, essa transformação, tal qual onda sonora, irá se dilatando constantemente no mundo exterior.
KRISHNAMURTI, J. Autoconhecimento, Revista Theosophia, 2013. Texto selecionado pelo irmão Ricardo Moreira para estudo em Loja em 15.07.14
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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