Vejo que alguns dos meus an- tigos amigos estão aqui, e estou contente de vê-los. Como teremos sete pales- tras, devemos tratar daquilo que eu vou falar com muito cuidado, cobrindo todo o campo da vida; desse modo, por favor, tenham paciência os que já ouviram antes o conferencista, pois a repe- tição tem um certo valor.
O preconceito tem algo em comum com os ideais, cren- ças e fés. Devemos ser ca- pazes de pensar juntos; mas os nossos preconceitos, os nossos ideais, e assim por diante, limitam a capacidade e a energia ne- cessárias ao pensar, ao observar e examinar juntos, de modo a descobrir- mos por nós mesmos o que permanece por trás de toda confusão, miséria, terror, destruição e da tremenda violência no mundo. Para compreender não apenas os meros fatos externos que estão acontecendo, mas também a profundidade e o si de tudo isso, devemos ser capazes de observar juntos — não vocês observam do de um modo e o conferencista de outro, mas juntos observarmos a mesma coisa. Essa observação, esse exame, deixa de ser possível se nos apegamos aos nossos preconceitos, às nossas expe- riências particulares e à nossa compreensão particular. Pensar juntos é extraordinariamente importante porque nós temos que fazer face a um mundo que está rapidamente se desintegrando, degenerando, um mundo em que não há nenhum sentido de moral, onde nada é sagrado, onde ninguém respeita o outro. Para compreender tudo isto, não apenas de modo superficial, casual, temos que penetrar na sua profundidade, no que permanece por trás. Temos que indagar por quê, depois de milhões de anos de evolução, o homem, vocês e todo o mundo, tomaram-se tão violentos, calejados, destrutivos, persistindo nas guerras e na bomba atômica, O mundo tecnológico está cada vez evoluindo mais; talvez esse possa ser um dos fatores que levam o homem a tomar-se o que é. Então, por favor, vamos pensar juntos, não de acordo com o meu modo ou com o modo de vocês, mas simplesmente usar a capacidade de pensar.
O pensamento é o fator comum de toda a humanidade. Não existe um pensamento oriental ou um pensamento ocidental; existe apenas a capacidade comum de pensar, quer seja mos completamente pobres ou mais sofisticados, vivendo numa sociedade opulenta. Quer sejamos cirurgião, carpinteiro, trabalhador do campo ou um grande poeta, o pensamento é o fator comum a nós todos. Parecemos não perceber que o pensamento é o fator comum que nos liga. Vocês pensam de acordo com a própria capacidade, a própria energia, a própria experiência e o próprio conhecimento; o outro pensa de modo diferente, de acordo com a sua experiência e o seu condicionamento, Estamos todos presos nessa rede do pensa mento, Este é um fato, indiscutível e real.
Nós fomos “programados” biologicamente, fisicamente e, também, “programados” mentalmente, intelectualmente. Devemos estar cientes de que fomos programados como um computador. Os computadores são programados por especialistas para produzirem os resultados que eles desejam. E esses computadores irão ultrapassar o homem no pensamento. Esses computadores podem coligir experiência e, através dessa experiência, aprender, acumular conhecimento, de acordo com o seu programa. Gradualmente, eles irão ultrapassar todo o nosso pensamento quanto à exatidão e com maior velocidade. Naturalmente, eles não podem compor como Beethoven ou como Keats, mas irão ultrapassar o nosso pensamento.
E, então, o que é o homem? Ele foi pro para ser católico, protestante, para ser italiano ou inglês, e assim por diante. Durante séculos ele foi programado — para acreditar, para ter fé, para seguir certos rituais, certos dogmas; pro gramado para ser nacionalista e ir à guerra. Desse modo, o seu cérebro tomou-se tal como um computador, embora não tão capaz, porque o seu pensamento é limitado, ao passo que o computador, embora também limitado, é capaz de pensar com muito mais rapidez do que o ser humano, e pode ultra passá-lo.
Estes são fatos, isto é, o que na verdade está acontecendo. Então, o que é feito do homem? Então, o que é o feito do homem? Se os robôs e o computador podem fazer quase tudo o que o ser humano pode fazer, então, qual será a futura sociedade do homem? Quando os carros podem ser construídos dos pelo robô e pelo computador - provavelmente muito melhor -, então, o que será do homem como entidade social? Estamos nos defrontando com estes e muitos outros problemas. Vocês não podem mais pensar como cristãos, budistas, hindus e muçulmanos. Estamos nos defrontando com uma tremenda crise; uma crise que os políticos jamais podem solucionar porque eles estão programados para pensar de um determinado modo - nem os cientistas podem compreender ou solucionar a crise, nem o mundo dos negócios, também, o mundo do dinheiro. O momento crítico, a decisão perceptiva, o desafio, não está na política, na religião, no mundo científico - está na nossa consciência. Temos que entender a consciência da humanidade, que nos trouxe a este ponto. Temos que ser muito sérios a respeito deste assunto, porque estamos realmente enfrentando algo muito perigoso no mundo, onde existe a proliferação da bomba atômica, que algum louco irá ativar. Nós todos devemos estar cônscios de tudo isto. [continua]
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
O preconceito tem algo em comum com os ideais, cren- ças e fés. Devemos ser ca- pazes de pensar juntos; mas os nossos preconceitos, os nossos ideais, e assim por diante, limitam a capacidade e a energia ne- cessárias ao pensar, ao observar e examinar juntos, de modo a descobrir- mos por nós mesmos o que permanece por trás de toda confusão, miséria, terror, destruição e da tremenda violência no mundo. Para compreender não apenas os meros fatos externos que estão acontecendo, mas também a profundidade e o si de tudo isso, devemos ser capazes de observar juntos — não vocês observam do de um modo e o conferencista de outro, mas juntos observarmos a mesma coisa. Essa observação, esse exame, deixa de ser possível se nos apegamos aos nossos preconceitos, às nossas expe- riências particulares e à nossa compreensão particular. Pensar juntos é extraordinariamente importante porque nós temos que fazer face a um mundo que está rapidamente se desintegrando, degenerando, um mundo em que não há nenhum sentido de moral, onde nada é sagrado, onde ninguém respeita o outro. Para compreender tudo isto, não apenas de modo superficial, casual, temos que penetrar na sua profundidade, no que permanece por trás. Temos que indagar por quê, depois de milhões de anos de evolução, o homem, vocês e todo o mundo, tomaram-se tão violentos, calejados, destrutivos, persistindo nas guerras e na bomba atômica, O mundo tecnológico está cada vez evoluindo mais; talvez esse possa ser um dos fatores que levam o homem a tomar-se o que é. Então, por favor, vamos pensar juntos, não de acordo com o meu modo ou com o modo de vocês, mas simplesmente usar a capacidade de pensar.
O pensamento é o fator comum de toda a humanidade. Não existe um pensamento oriental ou um pensamento ocidental; existe apenas a capacidade comum de pensar, quer seja mos completamente pobres ou mais sofisticados, vivendo numa sociedade opulenta. Quer sejamos cirurgião, carpinteiro, trabalhador do campo ou um grande poeta, o pensamento é o fator comum a nós todos. Parecemos não perceber que o pensamento é o fator comum que nos liga. Vocês pensam de acordo com a própria capacidade, a própria energia, a própria experiência e o próprio conhecimento; o outro pensa de modo diferente, de acordo com a sua experiência e o seu condicionamento, Estamos todos presos nessa rede do pensa mento, Este é um fato, indiscutível e real.
Nós fomos “programados” biologicamente, fisicamente e, também, “programados” mentalmente, intelectualmente. Devemos estar cientes de que fomos programados como um computador. Os computadores são programados por especialistas para produzirem os resultados que eles desejam. E esses computadores irão ultrapassar o homem no pensamento. Esses computadores podem coligir experiência e, através dessa experiência, aprender, acumular conhecimento, de acordo com o seu programa. Gradualmente, eles irão ultrapassar todo o nosso pensamento quanto à exatidão e com maior velocidade. Naturalmente, eles não podem compor como Beethoven ou como Keats, mas irão ultrapassar o nosso pensamento.
E, então, o que é o homem? Ele foi pro para ser católico, protestante, para ser italiano ou inglês, e assim por diante. Durante séculos ele foi programado — para acreditar, para ter fé, para seguir certos rituais, certos dogmas; pro gramado para ser nacionalista e ir à guerra. Desse modo, o seu cérebro tomou-se tal como um computador, embora não tão capaz, porque o seu pensamento é limitado, ao passo que o computador, embora também limitado, é capaz de pensar com muito mais rapidez do que o ser humano, e pode ultra passá-lo.
Estes são fatos, isto é, o que na verdade está acontecendo. Então, o que é feito do homem? Então, o que é o feito do homem? Se os robôs e o computador podem fazer quase tudo o que o ser humano pode fazer, então, qual será a futura sociedade do homem? Quando os carros podem ser construídos dos pelo robô e pelo computador - provavelmente muito melhor -, então, o que será do homem como entidade social? Estamos nos defrontando com estes e muitos outros problemas. Vocês não podem mais pensar como cristãos, budistas, hindus e muçulmanos. Estamos nos defrontando com uma tremenda crise; uma crise que os políticos jamais podem solucionar porque eles estão programados para pensar de um determinado modo - nem os cientistas podem compreender ou solucionar a crise, nem o mundo dos negócios, também, o mundo do dinheiro. O momento crítico, a decisão perceptiva, o desafio, não está na política, na religião, no mundo científico - está na nossa consciência. Temos que entender a consciência da humanidade, que nos trouxe a este ponto. Temos que ser muito sérios a respeito deste assunto, porque estamos realmente enfrentando algo muito perigoso no mundo, onde existe a proliferação da bomba atômica, que algum louco irá ativar. Nós todos devemos estar cônscios de tudo isto. [continua]
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
Um comentário:
fantastico! viva os membros da loja jinarajadasa com seus estudos serio e digno, viva!!!!
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