(55)
Aferrar-se à existência inerente significa se apegar às coisas como se elas existissem inerentemente da maneira que elas aparecem. Portanto, nossa existência "compulsiva" no Samsara, com todos os seus problemas “advém desses pensamentos conceituais", em outras palavras, de agarrar-se à existência inerente. O pensamento conceitual faz com que as coisas existam dessa maneira impossível que elas aparecem, têm esse agarrar-se à existência inerente, e esses hábitos fazem o surgimento da existência inerente. O Samsara é "fabricado por esses pensamentos conceituais". Ele se refere aqui não apenas ao Nirvana da liberação, mas da iluminação.
(56)
O Buddha disse que quando temos pensamentos conceituais, isto é não-percebimento. O pensamento conceitual não é meramente pensar verbalmente, o ponto principal é que ele aferra-se à existência inerente. Por isso ele é "o grande não-percebimento”.
A falha da cognição conceitual não é focar em algo através de uma idéia, é que ela tem em si mesma o agarrar-se à existência inerente. É isso que nos faz cair no Samsara. Ele diz para "permanecer em concentração unidirecionada esvaziada desse pensamento conceitual", e o único modo de fazer isso é com a compreensão da vacuidade. Permanecer com a cognição não-conceitual da vacuidade vai deixar a mente limpa, "sem essas concepções", sem se agarrar à existência inerente, “como o espaço é" livre delas.
(57)
Se estamos na senda do Bodhisattva, temos que pensar a respeito, contemplar, o que significa a não-conceitualidade e "atingir o estado de ausência de concepções". Há dois tipos de cognição não-conceitual: a dos sentidos, automaticamente não-conceitual, mas ainda acompanhada por não-conhecimento, e a cognição não-conceitual da vacuidade, que ocorre quando nos livramos do apego à existência inerente. Assim, temos que entender muito claramente o que significa este "estado de não-conceitualização." Estamos falando sobre o que realmente experimentamos quando meditamos. Porque quando você não tem nenhuma concepção de existência inerente e se livra da noção de ausência de existência inerente, então não resta nenhum conceito. Você chega a não- conceitualidade. Ele está falando sobre o real processo de meditação.
Isso conclui a seção sobre percepção discriminativa transcendente.
Comentários de UMA LAMPARINA PARA A SENDA DA ILUMINAÇÃO, de Atisha
Trechos de palestra de Alexander Berzin - http://www.berzinarchives.com
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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