• Por que você é tão impaciente? Você tem toda uma vida diante de si para a nossa correspondência, embora ela deva ser irregular e incerta enquanto as nuvens tenebrosas do Deva-lok Eclético estejam descendo sobre o horizonte da Sociedade ´Matriz´. Ela pode até ser subitamente interrompida devido à tensão provocada pelo nosso amigo demasiado intelectual.
• Embora estejamos mortos e dissecados, ainda posso usar alguns minutos de meu tempo para escrever a você, como um bhut, no melhor idioma inglês que eu encontre desocupado no cérebro do meu amigo, onde também acho, nas células da memória, a idéia fosforescente de uma curta carta a ser enviada por ele ao editor do Pioneer para acalmar a sua impaciência inglesa.
• Você tem feito tudo o que pode, e nós nunca pedimos mais do que isso a ninguém.
• Você deve por de lado completamente o elemento pessoal se quiser progredir no mundo oculto e – por um certo tempo – mesmo em relação a ele. Compreenda, meu amigo, que os afetos pessoais têm pouca ou nenhuma influência sobre qualquer adepto verdadeiro no cumprimento do seu dever. À medida que ele se eleva em direção ao perfeito adeptado, as fantasias e antipatias do seu eu anterior são enfraquecidas (como K.H. explicou a você em essência): ele acolhe toda a humanidade em seu coração e a considera em seu conjunto.
• Com o indivíduo ´visível´ nós nada temos a ver. Ele é para nós apenas um véu que oculta dos olhos profanos o outro ego em cuja evolução nós estamos interessados.
• Você terá muitos testes como este; porque mesmo que nunca venha a ser um chela, nós não fazemos confidências nem para ´protégés´ e pessoas com quem nos correspondemos, se a discrição e a coragem moral deles não tiverem sido bem testadas.
• Para ele não há nada sagrado, seja dentro ou fora do ocultismo. Ele tem um temperamento de matador de pássaros e matador da fé; sacrificaria sua própria carne e seu sangue sem qualquer remorso, como faz com um rouxinol oriental; e dissecaria a você e anos, K.H. e a ´querida Velha Senhora´, e faria com que todos nós sangrássemos até a morte sob seu bisturi – se pudesse – com tanta tranquilidade como faria com uma coruja, para colocar-nos em seu ´museu´ com as respectivas etiquetas e depois escrever as nossas necrologias para os aficionados amadores, em ´Stray Feathers´. Não, Sahib; o Hume externo é tão diferente do (e superior ao) Hume interno, quanto o Sinnett externo é diferente do (e inferior ao) nascente ´protégé´ interno. Aprenda isso e ponha este último a vigiar o editor para que ele não lhe aplique um truque sujo algum dia. Nossa maior dificuldade é a de ensinar os discípulos a não serem enganados pelas aparências.
• A doce polpa da laranja está dentro da casca, Sahib: tente localizar as jóias dentro das caixas e não confie naquelas que estão desenhadas na tampa.
• Se a regra é ser cauteloso com confidências, é porque aprendemos desde o princípio que cada homem é pessoalmente responsável diante da Lei da Compensação por cada palavra que emite voluntariamente.
• Se você deseja pensamentos filosóficos e saudáveis, e pode satisfazer-se com eles, continuaremos a corresponder-nos. Eu lhe transmito uma profunda verdade ao dizer que se você (como seu legendário Shloma) simplesmente escolher a sabedoria, todas as outras coisas serão acrescentadas no devido tempo.
• O caminho serpenteia montanha acima o tempo todo? / Sim, até o final. / E o trajeto de cada dia toma o dia todo? / Da manhã à noite, meu amigo.
• O conhecimento, para a mente, como o alimento para o corpo, destina-se a nutrir e ajudar o crescimento, mas necessita ser bem digerido, e quanto mais completa e lentamente for encaminhado o processo, melhor será para o corpo e a mente.
Excertos da Carta nº 42, selecionados pelo irmão Roberto C. Paula para estudo em Loja realizado em 24 de janeiro de 2012.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
2 comentários:
MUITA SABEDORIA, SÓ NOS LEVA A CONSTRUÇÃO DE NOSSO ESPÍRITO A ILUMINAÇÃO DOS MESTRES ESTÁ PRESENTE COM TODA CERTEZA,
JOSE MOREIRA
AMIGO DO FACEBOOK
Obrigado por sua participação, irmão José Moreira.
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