segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A regeneração humana, por Radha Burnier (2)

A natureza da mudança

Na mitologia hindu há o demônio chamado Ravana, que tem dez cabeças. Ele foi invencível por muitas eras, pois quando uma ou duas cabeças eram cortadas, outras tornavam a crescer. Por fim, a encarnação Divina, Rama, cortou todas as cabeças de um só golpe e pôs fim ao mal.

O egoísmo é a causa de todas as dificuldades da humanidade. Portanto, a mudança fundamental é a do egoísmo, que também é o egocentrismo, a auto- preocupação, para um estado de solidariedade, harmonia e unidade, no qual se compreende que o bem estar de outras pessoas tem a mesma importância, senão maior que o nosso. Parte do nosso trabalho, como membros da S.T. é usar todo raciocínio, literatura, filosofia, formas de devoção, discussões, o exemplo de nossas vidas, tudo! para mostrar a validade desse fato. Quando a condição interna mudar do egocentrismo para a compreensão da unidade, o mundo mudará. 

“O termo Fraternidade Universal não é uma expressão vã, constitui o único fundamento seguro da moralidade universal”. (Cartas dos Mahatmas)

Mas procuremos ver o egoísmo interno sem sentirmos culpa. A culpa é desnecessária; todos somos egoístas. Nenhum de nós está isento.  Assim, a mudança fundamental aqui mencionada é a do egoísmo para a Unidade. Essa mudança no sentido da compreensão da unidade é revolucionária, fundamental. Nossa vida seria de um profundo respeito para com todos. Todas as formas de imoralidade terminariam. É uma mudança do estado de ignorância para o de Sabedoria. [Seminário  realizado  na  Holanda  em  junho de 1990]  

Texto selecionado pelo irmão Marcelo Curvelo para estudo em Loja realizado em 27.08.13.

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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