quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Adyashanti: Princípios básicos (4)



TRANSCRIÇÃO PARCIAL

[...] Então, como um contraste, os egos valorizam coisas como competição, ser compreendido, ser amado. Alguns egos valorizam o ter controle.  Alguns egos valorizam se tornarem vítimas.  Alguns egos valorizam vitimizar... Alguns egos valorizam o julgamento e a condenação.  Por fim, o que o ego valoriza não é outra coisa senão a separação. Todos os valores egóicos são valores baseados na separação e na continuidade da separação. Mas os valores vindos do despertar são um tanto diferentes. Os valores do despertar são inerentes ao espírito consciente.  Estão lá para serem encontrados, descobertos.  Esses valores estão como que carregados da verdade.  A verdade é um grande valor que está no espírito consciente.  Ser "em verdade". Ser a verdade.

A unidade é algo que o ponto de vista desperto considera valioso, porque a unidade é a verdade.  A verdade é que, em última instância, existe apenas o um. Toda essa diversidade  que a gente vê - e existe uma grande diversidade e uma grande individualidade -, no fundo, a essência de tudo isso é espírito consciente.  Espírito consciente é aquilo que tudo é.  Espírito é o que tudo é, espírito é o que se expressa a si mesmo.

Quando você olha à sua volta, o que você realmente vê são expressões do espírito inefável. É isso o que você vê. Não importa o que você vê, não importa.  O que você experiencia é, na verdade, a manifestação do espírito. E o espírito é uno. Não há nada em expressão que não seja a manifestação do espírito.  Pode ser consciente, pode estar muito inconsciente, mas de qualquer forma é a expressão do espírito.

Então, o espírito desperto, o espírito consciente, valoriza esta unidade, valoriza o uno, valoriza a liberdade. A liberdade é. O espírito consciente é livre.  Então, ele valoriza a liberdade. E não apenas para si mesmo, mas para todos os seres, para todos.  O espírito consciente valoriza a paz, a gratidão, o amor. Esses são alguns dos valores inerentes à verdade do nosso ser. Essa é, realmente, a grande boa nova da espiritualidade. 

A grande novidade é que na essência de quem e do que nós somos, há uma bondade profunda e fundamental, não a bondade que nos foi ensinada, não uma bondade moral que supõe uma maldade moral, mas algo mais profundo, uma bondade que é inerente àquilo que somos, o que não significa que quando você desperta para você mesmo como espírito consciente, você se torna um tipo de santo, porque todas essas ideias que temos sobre o despertar, na verdade, estão distorcidas em relação àquilo que realmente é. 

Então, temos que nos desfazer não apenas das ideias sobre nós mesmos, mas, também, de todas as ideias sobre realização espiritual, iluminação, despertar espiritual, devemos deixar tudo isso pra lá.  Só então poderemos descobrir o que é a verdade, descobrir a realidade daquilo que somos. [...] 

Vídeo selecionado pelo irmão Roberto Carlos de Paula para estudo em Loja realizado em 14.01.14

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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