O que é
Meditação Autêntica?
A Meditação
Autêntica consiste em desfazer-se do controle e da manipulação. Deixar que as
coisas sejam o que são. Desfazer-se do
meditador, do controlador. Abster-se,
não fazer nada, não interferir... Isso é revolucionário para a mente. Deixar de
controlar é algo imenso para o ser humano, pode soar como algo simples ou
fácil, mas a nossa estrutura psicológica, o nosso eu psicológico, nosso ego,
nossa mente, todos foram construídos sobre uma base de controle e manipulação
em quase todos os seres humanos. Sugerir
a mente ou ao ego que deixem de controlar é uma ideia revolucionária. A meditação autêntica é uma investigação
sobre o que se passa quando deixamos de
controlar ou manipular a experiência... quando realmente deixamos as coisas
serem o que são.
O que é e
qual a importância da Indagação Meditativa?
Uma pergunta
espiritual plena de poder e significado feita em estado mental meditativo. Uma
indagação capaz de atravessar as capas dos condicionamentos e alcançar nossa
natureza essencial. Ela é capaz de interromper o processo de controle e
manipulação do ego/mente como se fosse uma espécie de Koan. Enquanto o
meditador siga controlando a experiência, as possibilidades de ir mais além do
ego e da mente são muito poucas.
“Quem sou
eu?”
Ir além do ego e da mente. Desfazer-se do
meditador.
Quem é que
medita quem é o meditador?
O começo da
meditação autêntica nos convida a abstermo-nos do controle e da manipulação do
ego/mente. Em seguida devemos nos liberar do meditador. Enquanto o meditador
siga controlando a experiência, as possibilidades de ir mais além do ego e da
mente são muito poucas. Quem está controlando a experiência? Quem é o
meditador? Meditamos para ir além do meditador, mais além do ego e da mente. O deixar
que tudo seja como é desconecta o meditador, desconecta o controlador. O meditador é o que manipula, é o que
controla, é o que faz esforço. O meditador é o que tem responsabilidade por
quase todos os estilos de meditação.
A mente tem
algo o que fazer, algo o que
dominar e isso a encanta. A mente se encanta em ter que
dominar algo pois assim segue tendo o controle. Para despertar a verdadeira
natureza de quem somos devemos ir além da mente e do meditador e por consequência
além dos estilos de meditação. Então em
qualquer estilo de meditação que eventualmente estejam utilizando, se dêem
espaço para liberar-se da técnica que estejam usando... Que acontece quando
deixo de observar a respiração? Que acontece quando deixo de observar a mente
ou de repetir um mantran? A espiritualidade não tem a ver com praticar técnicas
de meditação quaisquer que sejam. A
espiritualidade tem a ver com o despertar do sonho da separatividade e a
compreensão da verdade da Unidade.
Que acontece
quando nos desfazemos realmente de tentar controlar ou manipular ou
transformar?
Até que realmente permitamos que tudo seja o que é em
sua forma mais profunda... enquanto não alcançarmos isso ainda estaremos
enganchados em alguma forma de controle. Permitir que tudo seja o que é , é em
si, um profundo ato de fé. Voltar nossa percepção para nossa natureza essencial... não é preciso fazer nada, apenas
SER... é um profundo ato de fé e de investigação verdadeira.
O despertar
espiritual não chega com nenhuma compreensão intelectual. Não podemos alcançar
nossa verdadeira natureza mediante palavras, conceitos, ideias nem teologias.
Temos que nos dar conta de que quando a mente tenta entender intelectualmente a
realidade, ela simplesmente está tentando manter o controle, um controle
intelectual. Na meditação autêntica temos que nos abster do controle desde o
início, não damos energia ao ego, ou a mente, ou ao controlador. Temos que nos
desfazer também disso. Paradoxalmente a mente exerce um papel importante no
despertar espiritual, é que precisamos transcender a mente através da mente.
Em meditação
autêntica começamos descansando em nosso estado natural...
Em meditação
autêntica não nos movemos em direção ao estado natural e nem tratamos de
criá-lo. Quando começamos a nos desfazer do meditador, do controlador, do
ego/mente... quando começamos realmente a permitir que tudo seja como
é....começamos a perceber que a paz, o silêncio, sensação de bem aventurança
que queríamos, já estavam lá todo tempo! A única coisa a que precisávamos era
parar de tentar fazer coisas, parar de buscar, apenas permitir que a
experiência fosse o que fosse, que as coisas fossem o que são... apenas isso.
Sem fazer nenhum esforço para interferir nem transformar a experiência... apenas
deixar que ela fosse o que é...
Devemos nos
desfazer da ideia de que a iluminação tem algo a ver com algum estado alterado
de consciência...É sim o estado natural do nosso Ser... Presumimos que para
perceber a realidade da unidade e alcançar o despertar espiritual precisamos
entrar em algum estado alterado de consciência e o que ocorre é que é
justamente o contrário.
O que
precisamos para perceber a unidade de todas as coisas e a realidade
espiritual é justamente um estado NÃO
ALTERADO DE CONSCIÊNCIA... e por lógica comparativa, todos os demais é que são
estados alterados de consciência.
A iluminação
é esse estado de consciência natural, não contaminado pelo movimento do
pensamento, nem pelo controle ou manipulação do ego/mente.
A única coisa
que precisamos fazer para que a consciência comece a despertar de sua
identificação com o pensamento, com a sensação, com o corpo, com a mente e com
a personalidade é permitirmos à consciência
descansar em seu estado natural desde o princípio.
Texto selecionado pelo irmão Marcelo Curvelo para estudo em Loja em 06.05.15
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
Texto selecionado pelo irmão Marcelo Curvelo para estudo em Loja em 06.05.15
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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