quarta-feira, 24 de junho de 2015

A perfeita e brilhante quietude


Algumas linhas de diálogos do filme The Matrix:

Morpheus: Imagino que, agora, você está se sentindo um pouco como Alice caindo no buraco do coelho?


Neo: Pode ser.

M: Eu posso ver isso em seus olhos. Você tem o olhar de um homem que aceita o que vê porque está esperando acordar. Ironicamente, isso não está muito longe da verdade. Você acredita em destino, Neo?

N: Não.

M: Por que não?

N: Porque eu não gosto da ideia de que eu não estou no controle da minha vida.

M: Eu sei exatamente o que você quer dizer! Deixe-me dizer-lhe por que está aqui. Você está aqui porque você sabe alguma coisa. O que você sabe, você não pode explicar, mas você sente isso. Você sentiu sua vida inteira. Que há algo errado com o mundo. Você não sabe o que é. Mas está lá, como um fragmento em sua mente, deixando-o louco. É esse sentimento que te trouxe até mim. Você sabe do que eu estou falando?

N: A Matrix?

M: Você quer saber o que é? A Matrix está em todo lugar. É tudo que nos rodeia. Mesmo agora, mesmo neste quarto. Você pode vê-la quando você olha pela janela ou quando você liga sua televisão. Você pode sentir isso quando vai para o trabalho, quando você vai à igreja, quando paga seus impostos. É o mundo que foi colocado diante dos seus olhos para cegá-lo da verdade.

N: Que verdade?

M: Que você é um escravo, Neo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro. Nascido em uma prisão que você não pode cheirar, provar ou tocar. Uma prisão para sua mente. Infelizmente, a ninguém pode ser dito o que é a Matrix. Você tem que ver por si mesmo. Lembre-se: tudo o que eu estou oferecendo é a verdade. Nada mais.

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M: Você já teve um sonho, Neo, que você achasse que foi real? E se você fosse incapaz de acordar desse sonho? Como você sabe a diferença entre o mundo dos sonhos e o mundo real?
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N: Isso ... isso não é real?

M: O que é "real"? Como você define "real"? Se você fala sobre o que você pode sentir, o que você pode cheirar, o que você pode provar e ver, então o "real" é simplesmente sinais elétricos interpretados pelo seu cérebro.

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N: Eu sei o que você está tentando fazer.

M: Estou tentando libertar sua mente, Neo. Mas eu só posso mostrar-lhe a porta. Você é o único que tem de atravessá-la.

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M: Você tem que entender, a maioria das pessoas não estão prontas para ser desligadas. E muitas delas estão tão acostumadas, tão irremediavelmente dependente do sistema que vão lutar para protegê-lo. 

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Este próximo trecho é muito racional e bastante simples, mas transformador se verdadeiramente compreendido. É raro encontrar alguém a quem este conceito tenha ocorrido, muito menos alguém que realmente o entenda. É o segredo da vida e da morte, e o conhecimento certo inerente ao despertar:

Se 'isso,' o mundo das coisas e ideias,
é visto como o que é real, como verdade, como 'realidade'
então o que é completamente e radicalmente 'não isto'
para os quais não há palavras ou ideias dentro 'disso'
irá necessariamente ser visto como coisa nenhuma, como irreal, como Vazio.
Assim, pode ser temido, receado, negado.
É apenas quando 'isso,' esta chamada "realidade"
é completamente entendida como sendo ilusão de sonho,
que o que é 'não isto"
vai, ao mesmo tempo, ser visto como sendo O Que É.
O Vazio, então, não é seu inimigo, mas seu verdadeiro self;
e que é função do inexistente, falso sentido de eu individual
esconder isso de você.
O medo e o evitar é visto como fora de lugar;
na verdade, agora é impossível; ele desaparece,
e o coração se volta da ilusão 'disto'
e se abre para O Que É.
Sabendo que sua verdadeira glória reside onde o eu deixa de existir.

Texto selecionado para estudo em Loja em 23.06.15, extraído 
do livro Perfect Brilliant Stillness, de David Carse. 

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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