"Concluindo: Kwan-Shi-Yin e Kwan-Yin são os dois aspectos, masculino e feminino, do mesmo princípio, no Cosmos, na Natureza e no Homem, da Sabedoria e Inteligência Divinas. São o Christos-Sophia dos místicos gnósticos, o Logos e sua Shakti. No afã de que a expressão de alguns mistérios jamais viesse a ser inteiramente compreendida pelos profanos, os antigos, sabendo que nada podia ser conservado na memória humana sem a ajuda de um símbolo externo, optaram pelas imagens, que com frequência nos parecem ridículas, dos Kwan-Yins, a fim de evocarem na mente do homem sua origem e sua natureza interna. Não obstante, as Virgens ou Madonas de saia-balão e os Cristos de luvas de pelica branca devem parecer, a quem julga com imparcialidade, muito mais absurdos que os Kwans-Shi-Yins e Kwans-Yins vestidos como dragões. O subjetivo dificilmente pode ser expresso pelo objetivo. Por isso, como a forma simbólica procura caracterizar aquilo que está acima do raciocínio científico, e o que tantas vezes transcende em muito os nossos intelectos, necessário se faz ir além do intelecto, de uma ou de outra maneira, porque do contrário se apagará da memória humana."
Texto selecionado pelo irmão Roberto C. Paula para estudo em Loja realizado em 29 de maio de 2012, extraído da Doutrina Secreta Vol. II, de Helena P. Blavatsky, pp. 180-182, Ed. Pensamento, São Paulo: 1989.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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