Quando o mestre subiu ao assento do Dharma, falou para o
público de sacerdotes e leigos:
“Eu ainda era jovem quando descobri o princípio Não Nascido
e sua relação com o pensamento. O que chamamos de "pensamento" é algo
que já caiu a uma ou mais distância da realidade viva do Não Nascido. Se vocês, sacerdotes, simplesmente vivessem no Não Nascido, não haveria nada para eu
falar, e vocês não estariam aqui me ouvindo.
Nem um único de vocês nesta reunião é não iluminado. Nesse
instante, estão todos sentados diante de mim como Buddhas. Cada um de vocês
recebeu a mente de Buddha de sua mãe quando nasceu, e nada mais. Esta mente de
Budhda herdada é, além de qualquer dúvida, não nascida, com uma sabedoria
iluminadora maravilhosamente brilhante. No Não Nascido, todas as coisas são
perfeitamente resolvidas. Posso lhe dar prova disso. Enquanto você está de
frente para mim ouvido-me falar, se um corvo grasnou ou um pardal piava, ou
algum outro som ocorreu atrás de você, você não teria nenhuma dificuldade em
saber que era um corvo ou um pardal, ou qualquer outra coisa, mesmo sem dar um
pensamento para ouví-lo, porque você estava ouvindo por
meio do Não Nascido.
Se alguém confirma que esta sabedoria não nascida e
iluminadora é, de fato, a mente de Buddha e imediatamente vive, como já está, na
mente de Buddha, torna-se, nesse momento, um Tathagata vivo, e continua sendo
um por kalpas infinitos no futuro. Uma vez que tenha confirmado, ele vive a
partir de então na mente de todos os Buddhas.
Enquanto você está voltado para mim me ouvindo, se um pardal
piar atrás de você, você não vai confundi-lo com um corvo; não vai confundir o
som de um sino com o de um tambor, ou ouvir a voz de um homem e tomá-la pela de
uma mulher. Você ouve e distingue os diferentes sons, sem errar, em virtude do
trabalho maravilhoso da sabedoria iluminadora. Esta é a prova de que a mente de
Buddha é não nascida e maravilhosamente iluminadora.
Quando as pessoas estão firmemente convencidas de que a
mente de Buddha é Não Nascida e vivem nela, elas são Buddhas e Tathagatas vivos
a partir de então. "Buddha", também, é apenas um nome, surgido após o
fato. Quando você diz " Buddha", já está a duas ou mais distância do
lugar do Não Nascido. Um homem do Não Nascido é aquele que habita na fonte de
todos os Buddhas. O Não nascido é a origem e o começo de tudo. Não há nenhuma
fonte separada do Não Nascido e nenhum começo que seja antes do Não Nascido.
Assim sendo, Não Nascido significa morar na própria fonte de todos os Buddhas.
Quando você é não nascido, está na origem de todas as
coisas. A mente búdica não nascida é onde todos os Buddhas do passado atingiram
sua realização e onde todos os futuros Buddhas alcançarão a deles. Embora estejamos
agora nos últimos dias do Dharma, se uma única pessoa vive no Não Nascido, o Dharma
correto floresce no mundo. Não há nenhuma dúvida sobre isso.
Ao confirmar a si mesmo no Não Nascido, você adquire a habilidade
de ver a partir do local dessa confirmação diretamente o coração dos outros. Aí,
nesse lugar de confirmação, o Dharma do Buddha é plenamente alcançado. Uma vez
que abre o olho que pode ver os outros como são, você pode considerar-se como
tendo plenamente alcançado o Dharma, porque onde quer que você esteja se torna
um lugar de realização total. Quando chegar a esse lugar, não importa quem você
é, você é o verdadeiro sucessor de meu Dharma”.
Texto selecionado para estudo em Loja realizado em 10 de junho de 2014.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
Texto selecionado para estudo em Loja realizado em 10 de junho de 2014.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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