sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O olho de Dangma (2)

"O 'olho aberto' dele é o olho espiritual interno do vidente, e a faculdade que se manifesta através disto não é clarividência como normalmente compreendida, isto é, o poder de ver à distância, mas sim a faculdade de intuição espiritual pela qual conhecimento direto e certo está disponível. Esta faculdade está intimamente conectada com o 'terceiro olho'." (SD I, p. 46)


Poderíamos notar de passagem que esta intuição espiritual não é em si mesma o "olho aberto". É o "olho aberto" da alma purificada que percebe a Onipresença. É através do olho aberto que a faculdade de intuição espiritual opera, e é através do último que o conhecimento espiritual direto e certo está disponível. Isto parece sugerir que a habilidade para perceber a Onipresença, pelo menos até certo ponto, é uma condição prévia para a faculdade de intuição espiritual operar.

De certa forma, parece bastante extraordinário que aquela Onipresença possa ser percebida, porque nós sabemos a partir da página 2, no Proêmio, que a Vida Una, a Verdadeira Existência Una, não é realizável e não pode ser compreendida. Pois se qualquer um destes dois fosse possível significaria que AQUILO era capaz de tornar-se um objeto de conhecimento ou compreensão para alguma forma de consciência, e não importa quão alta aquela consciência pudesse ser, aquilo que pode ser compreendido ou pode ser conhecido como um objeto para a consciência não pode possivelmente ser infinito. Como Sankaracharya é feito dizer na página 6, "O conhecimento do Espírito absoluto... é nada mais que a própria Essência absoluta". AQUILO está além da dualidade de consciência sujeito-objeto - conhecer isto é ser isto. Desde que ninguém, nem mesmo o mais alto Adepto possa reivindicar ser aquela Onipresença, Seu conhecimento não pode ser compreendido ... e entretanto, pode ser percebido.

Extraído do site http://www.lojajinarajadasa.com


"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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