domingo, 21 de novembro de 2010

O olho de Dangma (1)

Esta primeira página do Proêmio abre uma visão magnífica ao estudante do conhecimento interno. Ela não só aponta para a fonte de todos os "Seres" e, de fato, de todos os "não-Seres", aquela sempre incognoscível PRESENÇA, mas também aponta para aquele conhecimento que só é realizável pela humanidade - aquele conhecimento que permanece dentro da Alma Universal.

Nas primeiras poucas linhas H.P.B. escreve: "Um manuscrito arcaico ... está diante do olho da escritora". Nós poderíamos presumir que a folha de palma que compõe o manuscrito e na qual os símbolos são encontrados, são fragmentos da doutrina esotérica que é passada através de gerações, de vidente para vidente.

A palavra "olho" é de três letras [eye] e é a terceira palavra na terceira linha, podendo sugerir que é o "terceiro olho" que a escritora está aludindo no texto. Há nisto uma sugestão de que este é o nível de olhar que o estudante tem de desenvolver para entender a sabedoria ali contida? Afinal de contas, H.P.B. nos informa mais tarde no Proêmio (página 21) que as Estrofes [Stanzas] são um apelo às faculdades internas do estudante. Claro que se tem de perguntar: o que é realmente o terceiro olho? Nós podemos saber algo sobre este "olho" em relação a visão psíquica e a clarividência, mas qual pode ser o seu significado mais profundo? Encontramos uma pista muito pertinente a isto na Stanza 1, sloka 8:

"Só, a única forma de existência estendia-se ilimitada, infinita, sem causa, em sonho sem sonhos, e a vida pulsou inconsciente dentro do espaço universal, por toda aquela Oni-Presença que é percebida pelo "Olho Aberto" de Dangma." (SD I, p. 46)

Na nota de rodapé desta página nós somos informados de que Dangma é uma alma purificada, ninguém menos que o mais alto Adepto... [continua]

Extraído do site http://www.lojajinarajadasa.com


"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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