quarta-feira, 23 de março de 2011


[51] As linhas de raciocínio das Setenta Estrofes sobre a Vacuidade,
E de O Fundamento do Caminho do Meio e assim por diante
Explicam bem como a natureza de todas as coisas fenomenais
É estabelecida como vacuidade.


[52] Porém, para este texto não se tornar muito longo,
Não elaborei aqui;
O que expliquei tem como finalidade a meditação
Em apenas um sistema comprovado de princípios filosóficos.

[53] Desde que você não pode apontar
A existência inerente de qualquer coisa, sem exceção
A meditação na falta de identidade inerente
É meditação na sabedoria transcendente.

[54] Com sabedoria transcendente,
A natureza inerente de qualquer fenômeno nunca é vista,
E é explicado que isso também é verdadeiro com relação a própria sabedoria transcendente,
Assim, medite na vacuidade não-conceitualmente.

[55] Esta existência compulsiva que vem de pensamentos conceituais (de existência inerente)
Tem uma natureza verdadeira meramente fabricada por estes pensamentos conceituais
Então, o estado de ser livre de todos estes pensamentos conceituais, sem exceção,
É o supremo Nirvana, o Estado Além do Sofrimento.

[56] O pensamento conceitual é o grande não-conhecimento
Que nos faz cair no oceano da existência cíclica (incontrolável existência recorrente), o Sansara.
Permanecendo na concentração “com um único pensamento” (unidirecionada) vazia de pensamento conceitual,
Tornaremos clara a mente que é sem concepções, assim como é o espaço.

[57] Quando os Bodhisattvas envolvidos nessa pura prática do Dharma
Contemplarem esse estado de nenhum pensamento conceitual
Eles transcenderão estes pensamentos conceituais tão difíceis de superar
E gradualmente atingirão o estado de nenhuma conceitualização.

[58] Quando você tiver obtido a certeza, por causa destas citações e linhas de raciocínio,
Que todas as coisas são destituídas de existência inerente
E sem uma originação inerentemente existente,
Medite num estado de pensamento não-conceitual (de existência inerente).

[59] Quando você meditar assim em “o que é” (talidade),
E gradualmente atingir o "calor" e assim por diante,
A fase de "extrema felicidade" e os outras serão atingidas
E o estado de budeidade iluminada não estará distante.

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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