“Imaginem, monges, que um Rei nunca tenha ouvido o som de um alaúde. Esse Rei então ouve o som de um alaúde e diz: ‘Bom homem, por favor, que som é esse, tão extasiante, tão encantador e tão agradável ao ouvido, tão inebriante, tão arrebatador, tão cativante?’
“Então seu atendente diz ao Rei: ‘Esse, ó Rei, é o som de um alaúde’.
“O Rei diz: ‘Bom homem, vá pegar esse alaúde para mim.’
“Então pegam o alaúde e dizem ao Rei: ‘Aqui está o alaúde, cujo som era tão extasiante, tão encantador, tão cativante.’
“Então o Rei diz: ‘Chega desse alaúde, meu homem, traga para mim aquele som.’
“Então explicam ao Rei: ‘Este alaúde, ó Rei, consiste em diversas partes, um grande número de partes, a saber: o corpo, o pergaminnho,o cabo, a armação, as cordas, o cavalete. E graças ao esforço adequado de um músico, ele produz som. Assim, ó Rei, esse alaúde, assim chamado, consistem em várias partes diferentes.’
“O Rei quebra o alaúde em vários pedaços e os queima numa fogueira. Ele, então, pega um punhado das cinzas e as atira a um vento forte, e elas se dissipam e desaparecem. Em seguida o Rei diz: ‘Isso que vocês chamam de alaúde é uma coisa infeliz, o que quer que seja um alaúde, pelo qual o mundo foi completamente enganado’.
‘Ainda assim, monges, uma pessoa sábia, com discernimento, investigando o corpo até onde vai o corpo, investigando as sensações, investigando as percepções, investigando as formações mentais, investigando a consciência, até onde vão esses fenômenos - em todas essas investigações não há nada de ‘eu’ ou ‘meu’ ou ‘alma’ que possa ser encontrado neles.”
Extraído de Superando a Ilusão do Eu - Guia de Meditação Vipassana, de Yogavacara Rahula Bhikkhu, Ed. Casa de Dharma, Rio de Janeiro, texto selecionado pela irmã Dafne Pinto para estudo em Loja em 5 de julho de 2011.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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