sexta-feira, 29 de maio de 2015

Rig Veda: Hino da Origem (10.129)

[1] Na época do início, não havia nada nem inexistente, nem existente. Não havia tempo nem nenhum céu além. O que despertou? Onde estava? Estava na proteção de quem? Havia um profundo abismo de água?

[2] Naquela época, não havia nem a morte, nem imortalidade. Não havia nenhum sinal de noite ou de dia. Aquele Uno estava sem respiração, mas respirava por impulso próprio. Fora isso, não havia mais nada.

[3] Naquela época, a escuridão estava escondida pela escuridão. Tudo isso era água sem quaisquer sinais distintivos. O que estava para vir à existência estava oculto pelo vazio. Pela força de seu próprio calor, o grande Uno nasceu.

[4] Naquela época, o desejo, que é a semente primordial da mente, desenvolveu-se naquele Uno. Por meio de pensamento inspirado, sábios que estavam procurando em seu coração encontraram a conexão do que existe no que não existe.

[5] O cordão dos sábios que dividia as coisas foi esticado em frente. O que havia abaixo dele? O que havia acima dele? Havia aqueles com poder de impregnação e aqueles com o poder de nascimento - a potencialidade estava abaixo, e o impulso estava acima.

[6] Mas quem realmente sabe? Quem aqui pode dizer como esse mundo foi causado para ser produzido, e de onde ele surgiu? Os deuses estão do lado de cá da criação deste mundo. Quem, então, sabe de onde este mundo veio a existência?

[7] A partir do que essa criação veio a ser? Ela foi estabelecida por si mesmo ou não? Certamente, aquele que olha por esse mundo no mais alto dos céus sabe – ou talvez mesmo ele não saiba?

(citado na Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky vol I, pág. 93)


Texto selecionado para estudo em Loja em 26.05.15

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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