quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Os Sabores do Nada


Transcrição das legendas:

Quando você pensa sobre o ″nada″, você tem que ser um pouco mais cuidadoso do que você normalmente é, porque, na verdade, o ″nada″ é um conceito físico; posto que ele é a ausência de algo, e ″algo″ é um conceito físico. O que nós aprendemos ao longo dos últimos cem anos é que o ″nada″ é bem mais complicado do que poderíamos ter imaginado de fato.

Por exemplo, o tipo mais simples de ″nada″ é o nada da Bíblia, ou seja, um espaço vazio infinito, um vazio escuro e infinito, o vazio da Bíblia. Nada existe nele, nem partículas, nem radiação, nada! Bem, esse tipo de ″nada″ acaba sendo cheio de coisas, de certa forma, ou pelo menos, bem mais complicado do que você poderia ter imaginado porque, devido às leis da mecânica quântica e da relatividade, agora sabemos que o espaço vazio é uma infusão borbulhante e fervente de partículas virtuais surgindo e desaparecendo da existência a todo momento.

E, de fato, pois esse tipo de ″nada″, quando você espera o suficiente, garante a você, pelas leis da mecânica quântica, produzir alguma coisa. Portanto, a diferença entre o espaço vazio com coisas nele e o espaço vazio sem nada dentro não é mais tão grande assim. Na verdade, eles são versões diferentes da mesma coisa. A transição do ″nada″ para ″alguma coisa″ não é tão surpreendente.

Você pode até dizer que isso não é suficiente, porque você tem o espaço. De onde vem o espaço? Bem, uma definição mais rigorosa para ″nada″ é ″espaço nenhum″. Mas, na verdade, quando você aplica as leis da mecânica quântica para a própria gravidade, então o próprio espaço se torna uma variável mecânica quântica e flutua dentro e fora da existência e você pode literalmente, pelas leis da mecânica quântica, criar universos, criar espaços e tempos, onde antes não havia o espaço nem o tempo.

Então, agora você não tem partícula, nem radiação, nem espaço, nem tempo, isso parece o ″nada″. Aí você diz: ″Sabe de uma coisa? Você tem as leis da física. Você tem as leis da natureza.″

As próprias leis são, de alguma forma, alguma coisa; embora, eu diria que, de fato, isso não é, absolutamente, nem óbvio, nem claro, nem necessário. Mas mesmo assim, em termos de física, potencialmente existe uma resposta, e agora temos boas razões para acreditar que as próprias leis da física são mais ou menos arbitrárias.

Pode haver um número infinito de universos, e em cada universo que é criado, as leis da física são diferentes. Isso é completamente aleatório. E as próprias leis passam a existir, quando o universo passa a existir. Então, não há nenhuma lei fundamental pré-existente. Qualquer coisa que pode acontecer, realmente acontece. Portanto, você não tem lei alguma, nem espaço, nem tempo, nem partículas, nem radiação. Essa é uma definição muito boa do ″nada″.

Material selecionado pelo irmão Roberto C. Paula para estudo em Loja realizado em 25.08.15.

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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