
Um chela em provação tem permissão para pensar e fazer o que quiser. Ele é advertido e informado previamente: ´Você será tentado e enganado pelas aparências; dois caminhos se abrirão diante de você,os dois levando à meta que você está tentando alcançar; um, fácil, e este o levará mais rapidamente ao cumprimento das ordens que você pode receber; o outro, mais árduo, mais longo; um caminho cheio de pedras e espinhos que o farão pisar em falso mais de uma vez; e no final do qual você pode, talvez, chegar a um fracasso, depois de tudo, e ser incapaz de executar as ordens dadas para um pequeno trabalho particular [...]
O chela tem toda liberdade, e frequentemente muitas razões, do ponto de vista das aparências, para suspeitar que seu Guru é ´um impostor´, uma palavra elegante. Mais que isso: quanto maior e mais sincera a sua indignação - seja ela expressada com palavras ou esteja fervendo em seu coração - tanto mais adequado ele é, e mais qualificado para tornar-se um adepto. Ele é livre para usar, e não terá que responder pelo fato de empregar até mesmo as palavras e expressões mais abusivas em relação às ações e ordens do seu guru, uma vez que ele saia vitorioso da provação; uma vez que ele resista a todas e cada uma das tentações; que rejeite todas as seduções; e comprove que nada, nem mesmo a promessa daquilo que ele considera mais valioso que a vida, daquela benção extremamente preciosa, seu futuro adeptado - é capaz de fazer com que ele se desvie do caminho da verdade e da honestidade, ou forçá-lo a tornar-se um enganador. [...]
Texto selecionado pelo irmão Roberto C. de Paula para estudo em Loja realizado em 4 de setembro de 2012.
"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.
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