quarta-feira, 11 de junho de 2014

Tathagata-garbha Sutra

(Tripitaka Nº. 0667) Traduzido durante a Dinastia Oriental JIN (300-420) pelo Mestre Tripitaka Buddhabhadra da Índia

Assim ouvi dizer…

O Buda disse: "Kulaputras (filhos respeitáveis), quando eu considero todos os seres com meu olho búdico, vejo que, oculto pelas aflições (kleshas) da ganância (raga), confusão (lobha), ódio (dvesha) e obscurecimento (moha), ali está estabelecida majestosa e imóvel a sabedoria (jnana) Tathagata, a visão Tathagata e a base (kaya) Tathagata. Kulaputras, todos os seres, apesar de encontrarem-se com todos os tipos de aflições (kleshas), têm um tathagata-garbha (tathagata em embrião) que é eternamente sem distorção, e que está repleto de virtudes não diferentes da minha própria. O Buda pode realmente ver o Tathagata-garbha dos seres. E porque ele quer desvelar o Tathagata-garbha a eles, ele expõe os sutras e o Dharma, a fim de destruir kleshas e revelar o buddha-dhatu (elemento ou natureza búdica). Kulaputras, esse é o ensinamento (dharma) de todos os Budas. Surgindo ou não Budas no mundo, o Tathagata-garbha de todos os seres são eternos e imutáveis. Mas eles estão encobertos pelos kleshas dos seres sencientes. Quando o Tathagata surge no mundo, ele expõe o Dharma em toda parte para remover a ignorância e tribulação, e purificar a sabedoria universal dos seres. Kulaputras, se houver um Bodhisattva que tenha fé neste ensinamento e que o pratique com a mente focada, ele alcançará libertação e correta iluminação universal, e para o bem do mundo ele executará ações de Buda por toda parte."

"Kulaputras, é como ouro genuíno que caiu num fosso de resíduos, e submerso, não foi visto há anos. O ouro puro não decai, mas ninguém sabe que ele está lá. Mas suponha que venha alguém com visão sobrenatural, e diga às pessoas: 'No interior do fosso com resíduos impuros há um berloque de ouro genuíno. Você pode consegui-lo e fazer com ele o que quiser." Da mesma forma, Kulaputras, os resíduos impuros são seus inumeráveis kleshas. O berloque de ouro genuíno é o seu tathagata-garbha. Por esta razão, o Tathagata expõe amplamente o Dharma, para que todos os seres possam destruir os kleshas, alcançar a perfeita iluminação correta e realizar ações de Buda."

Ou, é como o grão de trigo que ainda não teve a sua casca removida. (...)

Ou, é como um tesouro escondido sob a casa de uma família empobrecida. (...)

Ou, Kulaputras, é como um homem com uma estátua de ouro puro, que foi viajar pelas estradas estreitas de outro país e temia que pudesse ser roubado. Então ele envolveu a estátua em trapos desgastados para que ninguém soubesse o que ele tinha. No caminho o homem morreu de repente, e a estátua de ouro foi descartada em campo aberto. Os viajantes pisotearam-na e ela se tornou totalmente imunda. Mas uma pessoa com visão sobrenatural viu que dentro dos trapos desgastados havia uma estátua de ouro puro, assim ele desenrolou-a e todos prestaram homenagens a ela. (...)

Então, quando o Bhagavan acabou de expor este sutra, Vajramati, juntamente com os quatro grupos de bodhisattvas, os Devas, os Gandharvas, os Asuras e os demais, alegraram-se com o que tinham ouvido, e praticaram como o Buda havia dito.


Texto selecionado para estudo em Loja realizado em 10 de junho de 2014.

"Nenhum Teósofo, do menos instruído ao mais culto, deve pretender a infalibilidade no que possa dizer ou escrever sobre questões ocultas" (Helena P. Blavatsky, DS, I, pg. 208). A esse propósito, o Conselho Mundial da Sociedade Teosófica é incisivo: "Nenhum escritor ou instrutor, a partir de H.P. Blavatsky tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou suas opiniões sobre os associados. Cada membro tem igual direito de seguir qualquer escola de pensamento, mas não tem o direito de forçar qualquer outro membro a tal escolha" (Trecho da Resolução aprovada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica em 23.12.1924 e modificada em 25.12.1996.

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